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Venâncio está desde junho sem registrar casos de dengue
03/09/2020 às 15h32minDepois de viver um surto de dengue, com 171 casos de dengue registrados apenas neste ano, Venâncio Aires está desde o dia 25 de junho sem confirmar novos casos. Um grupo formado por 14 agentes de endemias percorre os bairros para fazer o trabalho de prevenção ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue –, com orientação aos moradores sobre os focos de contaminação.
No início deste mês, foi realizado o treinamento com 10 agentes contratados recentemente. Além disso, o setor conta com quatro profissionais efetivos. O coordenador de endemias, João Stahl, ressalta que, antes, os agentes não conseguiam dar conta da demanda e agora está sendo possível colocar tudo em dia.
Após as visitas aos bairros, a equipe faz o cadastro dos locais visitados para atualização no sistema. Segundo Stahl, as equipes não encontraram larvas do mosquito Aedes aegypti nos últimos meses. O coordenador enfatiza que o trabalho que vem sendo feito pela Prefeitura de Venâncio Aires com o recolhimento de materiais de desuso tem sido essencial, pois os moradores se desfazem de entulhos que estavam acumulando água. “Inclusive, é uma atividade que deve ser mantida. Após o fim do roteiro estabelecido, deve ser reiniciado”, comenta.
BÁRBARA CRISTIANE DA SILVA – Agente de endemias
“Se cada tampinha, garrafa, pneu, casca de fruta, ovos e outros itens que acumulam água forem descartados de forma correta, será evitada a disseminação do mosquito. Cada morador deve fazer a sua parte.”
Em ação
As agentes de combate a endemias Dalires Baumgarten Soares e Bárbara Cristiane da Silva estavam no bairro Morsch na manhã de ontem, 2, para orientar os moradores sobre como cuidar para não acumular água e evitar a criação do Aedes aegypti.
Elas explicam que, normalmente, cada uma faz uma rua e vão em dupla para o bairro. Quando o município está em bandeira laranja ou vermelha, no Mapa de Distanciamento Controlado da Covid-19, os profissionais não podem entrar nos pátios para realizar a coleta de larvas – eles só entregam panfletos explicativos e fazem orientações. “Desde que começamos o trabalho mesmo, só podemos orientar de longe, sem entrar nas casas”, conta Dalires.
De acordo com as profissionais, mesmo com a visita rápida, as pessoas estão sendo bem receptivas e costumam tirar dúvidas. “Damos uma olhada no pátio pelo portão. Se eu vejo que tem algo errado, já comento. Na maioria dos casos, as pessoas são legais. Acho que, se fosse para entrar no pátio, ter contato próximo, elas não gostariam, por causa da pandemia”, considera Bárbara, ao observar que todos agentes são identificados com crachá e material sobre a dengue.
Desafios
As agentes comentam que algumas questões, como a falta de numeração nas casas e cachorros soltos na rua dificultam o trabalho. Sobre os bairros onde mais são encontrados pontos com água parada, elas afirmam que são os que têm mais depósitos de materiais recicláveis. “É o trabalho dessas pessoas, mas elas também precisam cuidar, por isso reforçamos as visitas nesses locais”, acrescenta Bárbara.
A cada semana, todos os agentes entregam seus relatórios e controlam quais locais foram visitados. Normalmente, em alguns meses, voltam para ver se estão seguindo as orientações e se é preciso, novamente, fazer a orientação.
Créditos das fotos: Eduarda Wenzel - Jornal Folha do Mate
Créditos dos textos: Cassiane Rodrigues e Eduarda Wenzel - Jornal Folha do Mate
Fonte: Jornal Folha do Mate
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