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Integrantes do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), realizaram, na manhã de hoje, a manifestação ‘Escolas fechadas, vidas preservadas’, que é contra a retomada das aulas no fim do mês, proposta pelo Governo do Estado. O ato aconteceu na esquina das ruas Jacob Becker com a Osvaldo Aranha. Para evitar aglomeração, apenas cinco professoras representaram a categoria.

Conforme a professora Caroline Aguirre, que durante a pandemia faz plantão na Escola Estadual de Ensino Médio Monte das Tabocas, será difícil cuidar a distância entre alunos e evitar aglomeração na escola. “Os alunos vão buscar exercícios ou alguns vão usar a internet e já se formam grupinhos com aglomeração para conversar, até em frente à escola, mesmo que ficamos pedindo e chamando atenção, por isso, imagino que no cotidiano será mais complicado”, observa.

Ela também lamenta que as escolas estaduais não disponibilizam de boa estrutura para esse retorno, pois possuem poucos banheiros e os espaços são pequenos. “No normal, temos poucas pessoas para fazer a limpeza, no Monte. Alguns estão afastados por causa do grupo de risco, então será difícil fazer a higienização adequada”, ressalta Caroline.

Outra manifestante, a professora Roseli Resch, explica que, em casa, o trabalho dos professores é triplicado e seria mais cômodo retornar para a sala de aula. “Melhoraria para nós, mas não é o adequado no momento, coloca a saúde de todos em risco.”

Além disso, ela destaca que os alunos não estão perdendo conteúdos. “Eles estão estudando por atividades disponíveis para buscar na escola, por WhatsApp e pela sala de aula do Google [Google Classroom]. Claro que não substitui a aula presencial, pois ela é necessária, porém são formas que nos ajudam a continuar estudando”, conclui Roseli.

O ato contra a volta às aulas, que também aconteceu em outras cidades do estado, foi pacífico, silencioso e sem aglomerações.

Créditos das fotos: Eduarda Wenzel - Jornal Folha do Mate

Créditos dos textos: Eduarda Wenzel - Jornal Folha do Mate

Fonte: Jornal Folha do Mate