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Fôlego para hospital, atendimento domiciliar da Covid-19 é ampliado para evitar casos graves
03/02/2021 às 12h19minResponsável por desafogar o Hospital São Sebastião Mártir na pandemia, o atendimento domiciliar da Covid-19 é ampliado para evitar casos graves. Até então destinado para o acompanhamento de casos com pneumonia ou pós-internação hospitalar, agora o serviço está sendo destinado também para aqueles pacientes que ainda não têm pneumonia, mas que possuem risco maior de evoluir para esse quadro clínico.
De acordo com a médica infectologista, Sandra Knudsen, o objetivo é evitar que a doença evolua para casos mais graves, detectando precocemente essa possibilidade. “Isso é fundamental. A gente sabe hoje que faz toda a diferença detectar precocemente os pacientes que evoluem para a gravidade da doença, os que precisam internar, os que precisam de suplemento de oxigênio”, avalia.
A especialista explica que 80% das pessoas com Covid não vão chegar a ter pneumonia, não vão evoluir. Já 20% serão acometidos pela pneumonia e passarão para a segunda fase. Esses 20% são o foco da mudança no atendimento, em busca de impedir a entrada na fase mais grave. “Identificar dentre esses 20%, os 5% que precisam de internação mas de uma forma precoce, para que os pacientes não cheguem no hospital já com a saturação muito baixa, com insuficiência respiratória, precisando ir logo para a UTI porque aí fica muito complicado resolver e reverter a situação”.
EQUIPE E OXÍMETRO
O trabalho realizado por uma equipe composta por uma enfermeira, um técnico de enfermagem e um motorista contará com mais um grupo no mesmo formato para a nova ação de acompanhamento. Os profissionais vão até a casa dos pacientes para vê-los todos os dias, conferindo pressão, sinais vitais, temperatura e conferindo sobre como estão se sentindo nas últimas 24h.
Um dos principais sinais a serem conferidos é a verificação da oxigenação do sangue, ou seja a porcentagem de oxigênio que está sendo transportada na circulação sanguínea. A chamada saturação, é medida com o oxímetro, aparelho colocado na ponta do dedo e que mede o índice de oxigenação. Geralmente, o oximetria acima de 92% indica uma boa oxigenação do sangue, entretanto, é necessário que o médico avalie cada caso.
A partir de agora, esse aparelho será emprestado aos pacientes que receberão instrução dos profissionais para que possam fazer o acompanhamento em casa. “De acordo com critérios estabelecidos pela secretaria da saúde, a gente emprestaria o oxímetro para o período de maior risco de complicação da doença, que é entre o quinto e o décimo dia mais ou menos”, afirma a médica infectologista.
FÔLEGO
Durante a pandemia, foram 506 internações no setor Covid-19 e na UTI. Já o atendimento domiciliar acompanhou 186 pacientes via SUS e 99 pela Unimed. Para Sandra, a atenção domiciliar tem sido crucial para desafogar a estrutura hospitalar. “Se a gente não tivesse acesso a esse acompanhamento, provavelmente teríamos que ficar mais dias com os pacientes internados para ir observando, e assim, essa equipe faz essa observação na casa do paciente. É uma equipe muito competente que vai orientar e encaminhar o paciente para internação ou avaliação médica”.
Embora em uma dinâmica distinta da rede pública, de consultas no geral, o setor privado teve aumento de 36% no número de pacientes na atenção domiciliar em 2020, devido à superlotação de hospitais e ao temor de contaminação. Foram 3.410 novos atendimentos, segundo a Pronep Life Care, pioneira no setor de home care no país.
Créditos das fotos: Willian de Oliveira - Portal Guia Venâncio
Créditos dos textos: Jornal Olá
Fonte: Jornal Olá
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