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Moradores voltam a reivindicar a recuperação do asfalto da VRS-816

04/02/2021 às 11h01min

As condições da VRS-816 são precárias. O trecho que vai do Monumento ao Imigrante, em Linha Grão-Pará, passa por Linha Travessa e segue até Vila Palanque é classificado como intransitável e causa transtornos aos moradores. Muitas reclamações chegam até a redação da Folha do Mate, pois os residentes das localidades já não aguentam mais vivenciar situações que arriscam vidas e deixam veículos danificados.


Um desses moradores é o autônomo Rafael Baumgarten, 38 anos, que mora em Linha Travessa desde 2000. Ele conta que em poucos metros é possível andar sem precisar desviar de buracos, mas em locais como nas proximidades do Gigante da Travessa, do posto de saúde, da lombada construída perto da igreja da localidade e do trevo de acesso à rodovia RSC-453, é impossível desviar dos buracos no asfalto.


“Na baixada do Gigante é o pior trecho, não tem como desviar, é pior do que andar no paralelepípedo”, enfatiza. Para se deslocar até o trabalho, Baumgarten afirma que faz um trecho mais longo, percorrendo a RSC-453, mas ainda enfrenta em torno de 900 metros da VRS-816 até sua casa, distância que o obriga a andar devagar para desviar dos buracos.


Prejuízos

Em Linha Grão-Pará trechos críticos são enfrentados pelos motoristas

Baumgarten conta que já teve que trocar o aro do pneu da motocicleta Biz que sua mulher dirige, pois devido ao impacto com os buracos, o material estava deformado. O mesmo aconteceu com seu carro. Ao trocar um pneu, o mecânico orientou que trocasse o aro também. “Aqui, meus vizinhos e todos os moradores já passaram por problemas com esse asfalto. Eu já quase bati de frente com um caminhão quando fui para o meio da pista, em um dos desvios de buracos que fiz”, completa.


O único serviço que Baumgarten conta ter visto sendo feito pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) é um tapa-buracos de má qualidade, com brita e piche. “Fica uma meleca e dura apenas dois meses”, avalia. Fora essa ação de tapa-buracos, o morador não se recorda de ter presenciado outro serviço para melhorar o trecho.


Longe de acabar

Em contato com a assessoria de imprensa do Daer, foi informado que no momento a demanda é avaliada pela 11ª Superintendência Regional de Lajeado, com a intenção de inserir o trecho na programação de ações. Porém, não há prazo definido para início de uma recuperação de fato e mais detalhes serão divulgados somente após a programação da Superintendência.


“Se houvesse o investimento, seria uma estrada muito útil”

Além da demanda dos buracos, Stertz mostra os fios de telefone e fibra óptica arrebentados na estrada

O aposentado Eldo Stertz, 69 anos, mora desde 2012 em Linha Travessa. Diariamente, ele presencia motoristas desviando dos buracos e estouros dos veículos por conta das condições da via. “Eu ando com muito cuidado, já conheço a estrada, mas para quem não conhece é muito mais perigoso cair em um buraco”, considera.


Stertz afirma que, de vez em quando, o Daer preenche os buracos, mas o problema sempre volta. “Agora faz uns dois, três meses que não foi feito mais nenhum reparo”, comenta. Para ele, a base da rodovia é boa e, se houvesse um recapeamento total da estrada e não apenas tapa-buracos, a VRS-816 poderia ser utilizada, ainda mais, como uma via alternativa para acessar o município.


“É uma grande opção para quem chega a Venâncio pela RSC-453, para quem vem da Serra, do Vale do Taquari”, cita. “Se houvesse o investimento, seria uma estrada muito útil. Muito do comércio de Venâncio passa por aqui”, observa.


Outro problema relatado pelo morador de Travessa são fios de telefone e de fibra óptica que estão arrebentados, soltos na via e pendurados nos postes da rede elétrica. “Faz mais de um ano que esses fios estão assim. É um perigo. Se alguém inventa de puxar eles, um motociclista pode não ver e acabar se acidentando.” De acordo com Stertz, a demanda já foi levada à Prefeitura, mas, pela fiação ser de empresas particulares, nada foi feito.


Créditos das fotos: Juliana Benck - Jornal Folha do Mate

Créditos dos textos: Luana Schweikart com colaboração de Juliana Benck - Jornal Folha do Mate

Fonte: Jornal Folha do Mate

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