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As receitas projetadas para o setor agrícola são positivas e colocam 2021 como um dos melhores para o setor primário. Em Venâncio Aires o cenário é animador, com boas expectativas para crescimento no Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA), índice que acompanha as vendas realizadas no setor primário. Embora ainda seja cedo para alinhar a possibilidade do resultado deste ano, as chances de aumento são grandes, sobretudo por culturas como, proteína, soja, arroz e o próprio tabaco (produção líder nas receitas agrícolas do município).

O Rio Grande do Sul tem previsão de colher a maior safra de soja da história este ano. Se ao longo de 2020 a estiagem, a própria pandemia e o granizo interferiram no resultado do campo, este ano as coisas devem se alinhar, se não ocorrer graves situações climáticas. Esta a projeção também do escritório local da Emater/Ascar, que além do suporte técnico aos agricultores, realiza o acompanhamento das safras.

Para o chefe do escritório local e engenheiro agrônomo, Vicente Fin, o ano deve ultrapassar o resultado de R$ 275 milhões do VBPA de 2020. “Se analisarmos as atividades do milho, soja, suínos e aves, a tendência é de aumentar as receitas. Mas também também temos projeção de redução na produção de verduras, aipim, por conta da pandemia e a venda para restaurantes,” argumenta.

Sobre o tabaco, as receitas gerais na agricultura são a dúvida, por conta do preço pago. “A produtividade do tabaco vai aumentar um pouco, mas ainda há dúvida por conta do preço pago aos produtores. Também não se sabe a média final ao longo do ano, já que a comercialização ainda está em andamento,” afirma.

Mas a projeção do escritório local da entidade de extensão rural é de crescimento no resultado de 2021 nas receitas agrícolas de forma geral.

GIGANTES
Os ganhos principais e com movimentos importantes para incrementar as receitas agrícolas estão na produção de frangos, suínos, soja, arroz e no próprio tabaco. São culturas que têm interferência direta do mercado internacional.
Apesar do crescimento da soja, a produção agrícola local tem a maior parte das receitas ligadas ao tabaco e proteínas. “Apesar do incremento nas receitas, a soja não alcança os ganhos com suínos e aves, mas terá um aumento importante por conta do valor de mercado,” comenta Fin.

COM TUDO
A produção de soja em Venâncio Aires teve crescimento, com a área plantada ocupando 4,6 mil hectares. São 3.470 hectares na safra e o restante na safrinha. O ganho na área é de 250 hectares entre a safra passada e a atual. “O melhor preço e demanda internacional colaboraram com este aumento da área,” destaca Fin. A produtividade deve encerrar o ciclo com 3,65 toneladas por hectare.

ESTADO
Depois de semear uma área igualmente histórica de 6,075 milhões de hectares (1,56% acima do ciclo passado), o Rio Grande do Sul poderá colher 20,2 milhões de toneladas do grão. Até 2021, o Estado nunca havia superado as 19 milhões de toneladas. O ganho veio mesmo do aumento da área plantada, já que a produtividade não chegou a superar o recorde da safra 2016/2017, quando alcançou 3,385 mil quilos de hectare – acima, portanto, dos 3.326 previstos para encerrar 2021.

Somando milho, soja e feijão, o Rio Grande do Sul vai colher nesta safra 59,24% a mais do que na safra anterior, mais afetada pela estiagem. A soja, por exemplo, por conta do déficit hídrico maior no ciclo 2019/2020, teve um incremento na produção de 80,02%, passando de 11,2 milhões de toneladas para 20,2 milhões de toneladas.

Créditos das fotos: Janine Niedermeyer - Jornal Olá

Créditos dos textos: Jornal Olá

Fonte: Jornal Olá