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Após quatro meses de afastamento, Gerson Ruppenthal volta ao Legislativo de Venâncio
29/06/2021 às 17h20minEle está bem diferente. Emagreceu 30 quilos, ainda caminha com certa dificuldade e não recuperou completamente o movimento dos dedos da mão esquerda. Foram 60 dias internado no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) – a metade deste tempo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), intubado -, mas Gerson Ruppenthal, também conhecido como Leão da Serra, reuniu força para voltar a fazer o que mais lhe dá prazer: trabalhar pela comunidade de Venâncio Aires. “Ainda mais agora, pois eu tenho que agradecer a muitas pessoas que torceram por mim e que contam com a minha atuação no Legislativo”, comenta.
O vereador, licenciado há mais de quatro meses, desde que teve diagnóstico positivo para Covid-19, está ansioso pelo dia 1º de julho, quinta-feira, data que marcará a retomada oficial do seu mandato. E a expectativa cresce ainda mais quando o assunto é a participação na primeira sessão da Câmara depois de tanto sofrimento e superação. No dia 5 de julho, uma segunda-feira, ele terá oportunidade de ocupar a tribuna do Plenário Vicente Schuck para falar um pouco da experiência nada agradável que precisou enfrentar.
Atualmente, Ruppenthal conta com o apoio de dois profissionais de Fisioterapia, um pela manhã e outro à tarde. “Preciso recuperar a musculatura, que foi bastante abalada. A doença nos tira a massa magra e nos deixa muito fracos”, salienta. Ele diz que não sente mais cansaço para caminhar, mas é preciso ter cuidado para não tropeçar enquanto se desloca de um lugar para outro. “Faz uns 15 dias que já estou dirigindo. Tem bastante coisa pra melhorar, mas me sinto bem e quero retomar a minha vida”, afirma o vereador.
Tristeza
A animação para retomar a vida e o trabalho só dá lugar à tristeza em um momento: quando ele tem de falar a respeito da esposa, Sirlei da Silva, que foi vitimada pelo coronavírus, aos 44 anos. “Olha, não dá pra acreditar. Quem estava ruim era eu, e quem faleceu foi ela. Era muito jovem, parceira de todos os dias. Fico tentando entender como tudo isso aconteceu, mas nunca chego a uma conclusão, de fato”, afirma. Ruppenthal soube do falecimento da esposa quase 30 dias depois da confirmação do óbito. “Quando deixei a UTI e fui pro quarto, lembro que entrou uma psicóloga e o meu filho. Aí notei que a notícia não era boa. Estava querendo dar uma recuperada e caí de novo. Tive uma nova chance, ela não”, lamenta.
Créditos das fotos: Fernanda Bergmann - AI Câmara de Vereadores VA
Créditos dos textos: Carlos Dickow - Jornal Folha do Mate
Fonte: Jornal Folha do Mate
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