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Berço do cooperativismo mostra importância da união para o desenvolvimento comunitário

29/06/2022 às 11h00min

Uma viagem pela Rota do Cooperativismo, na última quarta-feira, 22, realizou resgate histórico no berço do associativismo, em Nova Petrópolis, na serra gaúcha. A ação foi realizada pela Sicredi Vale do Rio Pardo e reuniu jornalistas da região para percorrerem a Rota do Cooperativismo. Na cidade também está a Sicredi Pioneira, onde iniciou as ações de cooperação de crédito na América Latina, lideradas pelo Padre Theodor Amstad, no início do século 20.


Ao precursor do cooperativismo no país, monumentos e homenagens foram erguidas pela comunidade em Linha Imperial, onde está localizada a primeira sede da cooperativa de crédito, que em 1902, foi criada para ajudar no desenvolvimento do setor primário dos colonizadores vindos da Europa.


Organizar o roteiro, segundo o vice-presidente da Sicredi/VRP, Pedro Thiesen, busca resgatar a memória do cooperativismo no estado. “É uma história muito bonita, de união, para ajudar no desenvolvimento de toda uma região. A partir desta unidade, pioneira, toda uma nova forma de apoio às regiões passou a fazer parte da nossa vida em comunidade.”


PADRE HERÓI

O gestor executivo da Casa Cooperativa, Paulo Soares, apresentou o berço do cooperativismo. Desde 2010, Nova Petrópolis ostenta o título de “Capital Nacional do Cooperativismo”, a partir da lei federal 12.205/2010, em virtude de ser o berço do cooperativismo de crédito da América Latina, por sediar a primeira cooperativa de crédito que funciona desde 28 de dezembro de 1902 (então Caixa Rural, atual Sicredi Pioneira). Antes, em 1885 chegou ao Brasil o padre suíço, Amstad. Enviado para o Vale do Caí, ele teve vasta região para atuar, mas foi muito além das funções sacerdotais. “Nessa região consideramos ele um herói. Transformou a história de toda a região, a partir da união das pessoas,” afirma Soares.


Em 1902 que, com a adesão de 12 fundadores, nasceu a primeira cooperativa de crédito da América Latina. E após criar a primeira, Padre Amstad iniciou um movimento que fundou outras 37 cooperativas e, desta forma, o Patrono do Cooperativismo no Brasil, título reconhecido por lei em 2019, é homenageado pelo seu pioneirismo e engajamento comunitário, um legado deixado pelo sacerdote.


“Cooperar é tudo para desenvolver comunidades. Em qualquer sociedade, nas ações do dia a dia, a união pode facilitar os caminhos,” pontuou Soares, ao falar do exemplo e inspiração deixados pelo padre na cidade.


Créditos das fotos: Divulgação - Jornal Olá

Créditos dos textos: Jornal Olá

Fonte: Jornal Olá

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