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Muito antes de se tornar o município que possui aproximadamente 70 mil habitantes, Venâncio Aires era habitada por índios. Eles costumavam construir suas habitações nos vales dos rios e arroios, como o Rio Taquari e seus afluentes.

Já no século XVIII, com a colonização europeia já ativa no Brasil, as autoridades portuguesas estimularam a colonização do Rio Grande do Sul a partir da distribuição de sesmarias (terrenos abandonados pertencentes a Portugal) aos colonizadores. Assim, os primeiros ocupantes foram luso-brasileiros, seus escravos e agregados, que desenvolviam principalmente a pecuária extensiva, o extrativismo de madeira e erva-mate e o plantio de consumo próprio.

A partir de 1853, os donos das terras começaram a lotear os terrenos, o que possibilitou a exploração das colônias por imigrantes e descendentes de alemães. Estes trabalhavam com agricultura e formaram sociedades utilizadas como espaço de integração, entretenimento, cultura e lazer nas colônias. Embora em menor proporção, os italianos também vieram para a região.

De 1809 até a emancipação, a região onde o município se localiza pertenceu a Rio Pardo, Triunfo, Taquari e Santo Amaro. Foi primeiramente chamada de Faxinal dos Fagundes.

Em 8 de maio de 1884, a localidade de Faxinal dos Fagundes alcançou sete mil habitantes e se elevou à “Freguesia de São Sebastião Mártir”. Neste ano, também se iniciou a construção de uma capela para o santo padroeiro, São Sebastião.

Em 30 de abril de 1891, foi categorizada como vila, já com o nome de Venâncio Aires. Assim, obteve autonomia político-administrativa através do Ato nº 371, assinado pelo então vice-governador, Dr. Fernando Abbott. E, em 11 de maio do mesmo ano, foi instalado o município de Venâncio Aires.

O nome do município foi dado pelos republicanos rio-grandenses em homenagem ao advogado abolicionista e precursor das ideias republicanas Venâncio de Oliveira Ayres, nascido em Itapetininga, São Paulo, e radicado no Rio Grande do Sul.

Mais alguns marcos do município:

1887 – Criação do Clube de Leituras, a sociedade mais antiga de Venâncio

1913 – Início do planejamento das ruas do centro da cidade, em linhas retas.

1920 – Lâmpadas começaram a ser utilizadas como iluminação pública, surgiram os primeiros telefones na cidade e a população atingia 17 mil habitantes.

1924 – A sociedade já possuía 48 grupos alemães.

Entre 1940 e 1960 – O Porto de Mariante transformou Venâncio em um centro comercial, o que impulsionou a economia. 

1934 – As obras da Igreja Matriz foram paralisadas. Na época, o prédio estava na altura do telhado. A igreja ficou sem as torres até 1952, quando a obra foi reiniciada. A reinauguração aconteceu em 1956.

1963 – Foi definido o brasão de Venâncio Aires

1968 – Liderança na produção de fumo, com colheita de 7 400 toneladas.

Década de 1970 – Início da industrialização do município. Primeiras posições no cenário econômico ocorreram nos anos 1990. 

1971 e 1976 – Foram realizadas as duas únicas edições da Festa Municipal do Chimarrão (Femuchim)

1972 – Início do funcionamento da Biblioteca Pública Caá Yari

1983 – A música criada pela professora Selita Dalmas virou oficialmente Hino do Município

1986 – Foi realizada a primeira Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim) em conjunto com a inauguração do Parque do Chimarrão

1991 – Comemorado o centenário do município e criação do mascote, Venancito

15 de dezembro de 2014 – Aprovação pelo Senado do Projeto de Lei 7.097/2010, que deu o título de “Capital Nacional do Chimarrão” à Venâncio Aires

Créditos das fotos: Willian de Oliveira - Portal Guia Venâncio

Créditos dos textos: Larissa Parkert - Portal Guia Venâncio

Fonte: Portal Guia Venâncio