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O mundo sabe que os recursos naturais são esgotáveis; mas a proteção à fauna e flora, o uso desenfreado destes recursos sem preocupação, destinação correta dos resíduos sólidos não tem a relevância necessária para a população e a responsabilidade, quase que integral, passa ao Poder Público. Em Venâncio, a Administração Municipal tem realizado diversas ações e investido fortemente na resolutividade dos problemas ambientais que comprometem de forma mais direta a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade.

As inundações em Venâncio Aires provocadas pelo Arroio Castelhano são fenômenos naturais históricos e que sempre foi motivo de prejuízos e sofrimento a centenas de moradores, principalmente da área baixa da cidade. Dessa forma, foi realizado um estudo a fim de identificar e priorizar os pontos mais críticos que possuem influência direta nos alagamentos. Com trabalhos de desassoreamento, limpeza de galerias, nos últimos anos, a problemática diminuiu consideravelmente.

Recuperação de nascentes

A preocupação com o Arroio Castelhano é constante. Principal recurso hídrico do município de Venâncio Aires – cerca de 95% do abastecimento público provém desse recurso hídrico-, possui diversas nascentes ao longo dos mais de 100 quilômetros, sendo que a principal se localiza em Linha Datas.

Desde 2018 um trabalho minucioso de estudos e mapeamentos de propriedades do interior de Venâncio Aires com vertentes naturais iniciou com o objetivo de garantir proteção e controle dos mananciais, desenvolvendo planos e ações públicas para a recuperação de nascentes do Arroio Castelhano. A proposta inclusa no programa aborda também a promoção de pesquisas, o fomento de projetos para análises da qualidade da água, preservação e proteção da mata nativa e orientações gerais para um melhor abastecimento de água no futuro da Capital Nacional do Chimarrão. Até agosto do ano passado, foram catalogadas ao todo 243 nascentes e destas, 15 já foram recuperadas pelo Programa Municipal de Recuperação das Nascentes do Arroio Castelhano. 

Área da Favan

A área da Favan, em Linha Ponte Queimada, além de abrigar o novo CVT e a Incubadora Tecnológica, terá um espaço reservado para um horto de mudas. Além disso, a reestruturação do local agora serve também como abrigo de cavalos resgatados de situações de risco. No local recebem cuidados veterinários, são chipados e alimentados. A estrutura montada pelo Município viabiliza aos órgãos de fiscalização as ferramentas básicas que são necessárias para o atendimento de ocorrências envolvendo animais de grande porte.

Terrenos baldios

Em parceria com a comunidade, o Executivo realizou a recuperação de sete áreas verdes na cidade. Os Bairros Battisti, Santa Tecla, Algayer, Dietrich e Cidade Nova e Loteamentos Tirelli e Tabalar receberam as melhorias dos espaços que até então estavam em situação degradada, com a presença de lixo, brejo e em alguns casos até com esgoto a céu aberto.

Da mesma forma, os terrenos baldios passaram a receber uma atenção especial, a partir da nova redação da Lei que rege sobre a manutenção e limpeza de habitações e terrenos baldios. Antes, tratada de forma mais genérica, a questão agora passou a ser abordada com ações que constituem infração e valores de multas, além dos procedimentos administrativos adotados no processo de notificação e autuação dos proprietários.

Recolhimento e destinação do lixo

Após em encerramento das atividades da antiga empresa no fim do ano de 2019, a Prefeitura fechou uma parceria com a Cooperativa de Catadores dos Vales do Taquari e Rio Pardo (Cootralto) para viabilizar o funcionamento da usina de triagem em Linha Estrela. O trabalho no local garante elevação no percentual de separação e reciclagem do lixo, o que resulta em mais recursos para a entidade e em economia para o Município. O investimento anual na coleta e aterramento é de cerca de R$ 5 milhões.

Com o objetivo de aumentar a área de abrangência do sistema containerizado, o Município finaliza o projeto, que na sequência será encaminhado para a licitação, da coleta dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). 

Biodigestores e composteiras em escolas e residências

O ‘Lixão Zero’ do Ministério do Meio Ambiente, programa inovador, que tem por objetivo promover a educação ambiental e o adequado gerenciamento dos resíduos produzidos nas escolas e residências, por meio de ações práticas e contínuas. O Município é uma das 21 cidades do país contempladas, com o montante de R$ 4,2 milhões, para implantação do projeto que será dividido em dois braços.

“Biodigestores nas Escolas”: serão contempladas todas as escolas que tiverem uma área mínima disponível para a instalação dos biodigestores, sem prejudicar o espaço de utilização dos educandários. A partir do reaproveitamento dos resíduos orgânicos, será possível obter um combustível sustentável para cozinhar um biofertilizante para adubar hortas, pomares e floreiras. Além dos benefícios que envolvem a destinação ambientalmente adequada dos resíduos orgânicos e do aproveitamento dos subprodutos obtidos, a implantação dos sistemas de biodigestão será uma nova ferramenta de aprendizagem prática, envolvendo diversas disciplinas como biologia, química, matemática, português, entre outras.

Composteiras: Inicialmente uma composteira gigante estava prevista, mas o Município conseguiu a autorização para alterar o projeto que agora irá contemplar 1,9 mil residências, permitindo a participação de famílias voluntárias e o começo de um projeto de educação ambiental na Capital do Chimarrão.

A educação ambiental tem sido fomentada desde 2017, com o programa solidário ‘Lixo X Alimento’, no Loteamento Tirelli, na sede da ONG Planeta Vivo. O material que os moradores recolhem, e que for resíduo reciclável, é vendido e o valor é revertido para a comunidade participante. O projeto busca motivar e envolver a comunidade e também promover uma conscientização ambiental.

Já em diversas escolas, foram criadas composteiras para reciclagem de materiais orgânicos, para incentivar a destinação correta do lixo orgânico e o reaproveitamento em forma de adubo.

A criação de composteiras em casa também é incentivada a partir do programa ‘IPTU Mais’, que concede desconto no Imposto Predial Territorial Urbano para os moradores de residências que tiverem o item. Além do aproveitamento da matéria orgânica, o Municipio deixa de pagar a destinação ao aterro sanitário.

Castrações

Pelos bairros do Município uma ação conjunta do Meio Ambiente e Vigilância Sanitária, em 2018 e 2019, foi realizada em prol do controle populacional de animais. Mais de cem animais foram castrados e receberam aplicação de medicamentos para vermes, pulga, carrapato.

Créditos das fotos: Leandro Osório - AI PMVA

Créditos dos textos: Vanessa Behling - AI PMVA

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Venâncio Aires