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A elevação das vítimas fatais por conta da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), fez os registros de óbitos passarem os de nascimentos em grande parte dos estados brasileiros, nos três primeiros meses do ano. Em Venâncio Aires, o trimestre registrou pela primeira vez mais registros oficiais de óbitos, do que novas crianças. Foram 236 óbitos registrados em cartórios, contra 189 nascimentos (dados até 09 de abril).

O maior volume de registros de óbitos ocorreu em março, com 116 cadastros do tipo. No mesmo mês, foram 58 nascimentos contabilizados pelos dados oficiais. As informações são divulgadas pelo sistema do Portal da Transparência do Registro Civil. As mortes registradas são gerais, não só as causadas pela Covid-19.

Em média, por ano na cidade são registrados cerca de 800 crianças, contra 550 óbitos, em média. Ao longo de seis anos, acompanhados pelo sistema público, não foram registrados em março tantos óbitos, quanto em 2021. Em média, para o terceiro mês do ano, são 45 óbitos registrados na cidade.

EVOLUÇÃO
Em 2020 foram registrados na Capital do Chimarrão, 778 novas crianças. Já os registros de óbitos na cidade totalizaram 564 documentos do tipo. Já em 2019, foram 814 nascidos registrados, contra 574 óbitos. No ano anterior, 2018, foram 822 nascidos e 594 óbitos. Em 2017, foram 819 nascimentos e 587 registros de mortes. No ano de 2016 foram 817 novos registros de nascimentos, contra 543 de óbitos. E em 2015, primeiro ano dos relatórios de transparência, foram 838 registros de nascidos, e 512 de mortes.

ESTADO
O Rio Grande do Sul também teve no mês de março seu pior momento da pandemia, em casos, mortes e internações. Este panorama provocou reflexos nos registros de mortes no Estado e pela primeira vez desde 2003, ano em que o Portal da Transparência do Registro Civil começou a computar seus registros digitalmente, o RS constatou mais mortes que nascimentos. Foram 11.971 nascimentos e 15.802 óbitos. A Covid-19 esteve relacionada com quase metade dos óbitos, 7.651, conforme a Secretaria Estadual da Saúde.

Créditos das fotos: Divulgação - Agência Brasil

Créditos dos textos: Jornal Olá

Fonte: Jornal Olá