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Enquanto decisões judiciais determinam a proibição das aulas presenciais em escolas públicas e privadas no Rio Grande do Sul, o presidente da Câmara de Venâncio Aires, vereador Tiago Quintana (PDT), encaminhou moção em defesa do retorno às escolas. O documento foi votado na sessão da última segunda-feira, 19, e sugere que o governador Eduardo Leite altere a classificação para todas as regiões ou determine que o sistema de cogestão tenha a liberdade de legislar sobre a área da educação.

O parlamentar destaca que a revogação da bandeira preta já seria possível diante dos números atuais da pandemia. Além disso, Tiago Quintana mostra-se preocupado após um ano de afastamento dos estudantes das salas de aula. “Os danos à formação pedagógica dos nossos alunos ainda são imensuráveis. Já passou da hora de discutirmos essas consequências para o futuro do nosso País. Já falamos em saúde, economia, mas pouco debatemos a educação”, destacou.

O vereador já se posicionou pela vacinação prioritária de professores e profissionais de educação, no entanto, mesmo sem a imunização completa ele acredita já ter passado da hora de voltar aos estudos presenciais. “Logo essas crianças estarão perdendo mais um ano letivo. Esse conteúdo, mesmo que passado de forma remota, não chega a todos com a mesma qualidade e essa lacuna será irrecuperável”, considera.

Tiago Quintana lembra que, independente do momento epidemiológico atual, o retorno deve ser condicionado à observância de rigorosos protocolos sanitários e às circunstâncias específicas de estrutura e localização de cada escola. No entanto, ele contesta as posições do judiciário que impedem que Estados e Municípios legislem sobre as atividades educacionais que são de suas responsabilidades.
 

A moção foi aprovada por unanimidade de votos. Segundo o vereador Elígio Weschenfelder (PSB), em nenhum momento os professores se negaram a voltar, todos estão prontos e muito ansiosos para retornar às aulas. “Porém, é temerário a volta das aulas pura e simplesmente. É preciso que os professores sejam vacinados, caso contrário, estaremos falando de uma roleta russa. É urgente a volta às aulas, mas é perigoso voltar sem vacinar os profissionais”.  O petebista Renato Gollmann seguiu na mesma linha “As crianças já estão no segundo ano sem aulas. Estão a ver navios, pois alguns pais têm condições de dar um auxílio aos filhos, outros não. Além disso, muitas vezes os pais não têm onde deixar as crianças e estão tendo um gasto maior pois precisam pagar alguém para ficar com elas”, finalizou.
 

André Kaufmann (PTB) lembrou que protocolou pedido para que os profissionais da educação fossem colocados na lista de prioritários na vacinação contra a Covid. “A preocupação maior é com a saúde dos profissionais da educação”. Conforme Sidnei Ferreira (PDT) já passou da hora das crianças voltarem para dentro da sala de aula. “Os maiores prejudicados nesta história são as nossas crianças, que estão deixando de aprender, porque algumas têm mais condições, possuem uma internet e aparelho de qualidade para ter a aula virtual, além disso, alguns contam com reforço de uma professora particular, porque os pais têm condições de pagar.  De outro lado estão aqueles alunos que sequer têm um celular pra olhar a aula, precisam recorrer à escola para pegar os materiais, e os pais, que trabalham o dia inteiro, ainda precisam sentar para tentar explicar para os filhos”, finalizou.
 
 

Créditos das fotos: Fernanda Bergmann - AI Câmara de Vereadores VA

Créditos dos textos: Fernanda Bergmann - AI Câmara de Vereadores VA

Fonte: Assessoria de Imprensa da Câmera Municipal de Vereadores de Venâncio Aires